Hackers aproveitaram o interesse gerado pelo fechamento do site de downloads Megaupload para simular o retorno do endereço utilizando domínios que mascaram publicidade e programas maliciosos que podem infectar o PC das vítimas, segundo a empresa de segurança informática ESET.
O Megaupload foi fechado na quinta-feira (19) e seu fundador e mais três executivos foram presos na Nova Zelândia a pedido do FBI. Eles foram acusados formalmente de violar leis antipirataria nos Estados Unidos, informaram promotores federais do país. A acusação alega que o Megaupload.com deu aos detentores de direitos autorais mais que US$ 500 milhões em prejuízo por facilitar a pirataria de filmes e outros tipos de conteúdo.

Os hackers, que sabem que a página é popular e que há interesse dos internautas em encontrar alternativas para continuar baixando vídeos e músicas gratuitamente, aproveitaram este contexto para preparar armadilhas que levem os usuários aos programas que infectam as máquinas. Estes softwares podem até roubar dados pessoais das vítimas, segundo a companhia.
Para isso, os criminosos estão gerando domínios falsos que simulam a volta tanto do Megaupload como do Megavideo, mas que, no entanto, os redirecionam a páginas com publicidade e que infectam as máquinas.
Os responsáveis da ESET alertaram em comunicado divulgado nesta sexta-feira (20) que a mesma estratégia pode ser utilizada também para propagar malware.
A empresa também advertiu os usuários "Premium" do site que com o bloqueio do Megaupload ficaram sem o serviço e sem o dinheiro que pagaram por ele, visto que nos próximos dias poderiam receber por e-mail falsas mensagens pedindo dados bancários com o pretexto de reembolsá-los.