O Governo lançou, nesta segunda, um programa para contratar médicos para o interior do país e periferia das grandes cidades. E também aumentou em dois anos a duração dos cursos de medicina.
O programa pretende aplicar R$ 12,9 bilhões ate 2014 na construção de hospitais e postos de saúde. Também serão contratados médicos para municípios do interior e para a periferia das grandes cidades.
Os profissionais brasileiros terão prioridade na contratação.
Mas se as vagas não forem preenchidas, serão contratados médicos estrangeiros.
Em um contrato de três anos, o salário será de R$ 10 mil pagos pelo Ministério de Saúde.
As prefeituras terão que oferecer moradia e alimentação para os médicos.
“O profissional de saúde tem o direito de trabalhar onde quiser. De viver com sua família onde preferir. Mas nos precisamos admitir honestamente que algo deve ser feito para que todos os brasileiros tenham direito a um médico”, afirma Dilma Rousseff.
Os médicos estrangeiros têm que ser formados em instituições de reconhecido padrão de qualidade, ter a habilitação para exercer a medicina no país de origem e ter conhecimentos de língua portuguesa. Eles serão supervisionados por universidades e secretarias de saúde. Mas não precisarão revalidar o diploma no Brasil.
O ministro da Educação Aloísio Mercadante anunciou uma extensão de dois anos no curso de medicina.
Quem entrar na faculdade a partir de 2015, em instituições públicas e particulares, além dos seis anos atuais, terá que fazer mais dois de treinamento nos serviços de atenção básica, urgência e emergência no SUS. Os estudantes vão receber uma bolsa. O Conselho Nacional de Educação ainda vai regulamentar o segundo ciclo.
“ Eles vão ter uma formação muito mais humanizada e muito mais voltada para a realidade da saúde do povo brasileiro. E darão uma imensa contribuição ao povo nesse trabalho”, destaca Aloísio Mercadante.

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