No dia 22 de julho de 1951, o mundo era tingido de verde e branco, de uma ponta a outra do globo terrestre, porque, no Rio de Janeiro, mais precisamente em um Maracanã abarrotado por mais de 100 mil pessoas, a Sociedade Esportiva Palmeiras empatava com a poderosa Juventus-ITA, por 2 a 2, mas por ter vencido a primeira partida por 1 a 0 em São Paulo, sagrou-se Campeão do Torneio Internacional de Clubes Campeões, ou Campeonato Mundial de Futebol, também chamado de Torneio Mundial de Campeões… enfim, CAMPEÃO DO MUNDO!



Há 62 anos, o Palmeiras, composto por Fábio Crippa, Salvador e Juvenal; Túlio, Luiz Villa e Dema; Lima, Ponce de Leon (Canhotinho), Liminha, Jair da Rosa Pinto e Rodrigues Tatu, time treinado por Ventura Cambon, representava, juntamente com o Vasco, o Brasil na competição entre clubes mais importante do período. O torneio não era “de verão” como um que aconteceu décadas mais tarde, era formado pelas equipes mais fortes de cada país melhor colocado na Copa de 1950, que se preparam forte e vieram para ganhar, trazendo seus melhores atletas.

Ao Brasil, vieram Áustria Viena (substituto do Rapid Viena), Nacional-URU (campeão uruguaio), Sporting-POR (campeão português), Juventus-ITA (campeão italiano), Nice-FRA (campeão francês) e Estrela Vermelha-IUG (campeão iugoslavo). Divididos em dois grupos de quatro equipes, as chaves eram disputadas em São Paulo e no Rio. O Vasco (campeão carioca) venceu seus três compromissos e terminou em primeiro de seu grupo, seguido pelo Áustria Viena.



O Palmeiras (campeão paulista e do torneio Rio-SP) passou em segundo na chave paulista, ficando atrás da temida Juventus. O Verdão venceu o Nice por 3 a 0 e o Estrela Vermelha por 2 a 1, mas foi goleado pelos italianos por 4 a 0. A imprensa, logicamente, voltou todas as suas atenções para o Vasco, favorito ao título. A Juve não teve dificuldades para derrotar o time austríaco e avançar. No confronto brasileiro, o Palmeiras bateu o Cruzmaltino, no Maracanã, por 2 a 1 e empatou sem gols no Pacaembu. Nas semifinais contra os cariocas o arqueiro já era Fábio Crippa, que tomou a vaga do lendário Oberdan Cattani, relegado a reserva após os quatro gols tomados da Velha Senhora na primeira fase.

Por falar em Velha Senhora, o Verdão tinha, novamente, a embalada Juventus pela frente na decisão. No primeiro jogo, no Pacaembu, vencemos por 1 a 0, em um jogo disputadíssimo. Na partida decisiva, Praest abriu o placar aos 18 minutos. Já no segundo tempo, Rodrigues Tatu igualou o embate. Boniperti, aos 17, pôs os italianos à frente, mas Liminha, aos 32, fez o Maracanã explodir em euforia, tirando um pouco do gosto amargo da derrota tenebrosa para o Uruguai, na final de 50. Palmeiras, campeão do mundo!



Parabéns, Alviverde Imponente, quem não tem história e acha que o futebol só passou a existir dos anos 90 para cá não tem a mínima dimensão do que essa conquista representou, não só para o palmeirense, mas para o povo brasileiro. Campeões do mundo sim e com muito orgulho, jogado na bola, na raça e na vontade. Enfrentamos os poderosos da época e não times que ninguém nem sabia que existiam, vindos do Marrocos, da Arábia, do México, ou o pessoal de nome, mas que veio passar férias, beber na piscina até 4h da manhã para jogar no mesmo dia. Essas coisas…

Otimo topico continue trazendo novidades .

Ótima notícia, Obrigado por divulgar.