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Comissão da ONU presidida por brasileiro acusa EI de crimes de guerra.
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Comissão da ONU presidida por brasileiro acusa EI de crimes de guerra.
O grupo Estado Islâmico (EI) cometeu crimes de guerra e contra a humanidade devido ao extermínio de minorias étnicas, técnicas para aterrorizar os civis, violência sexual contra mulheres e recrutamento de crianças, acusou, hoje (14), uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses crimes foram denunciados pela comissão que investiga as violações dos direitos humanos no conflito armado da Síria, reunindo pela primeira vez evidências da situação dos civis nos territórios em que atua o grupo terrorista.
Trata-se de um relatório que poderia ser a origem para um eventual processo pela justiça internacional contra os responsáveis. O documento se baseia em mais de 300 entrevistas com mulheres, homens e crianças que viveram ou vivem nas áreas sob o controle do grupo extremista muçulmano Estado Islâmico. Presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, a comissão destacou as atrocidades praticadas pelos jihadistas e alertou que “a sua capacidade militar aumentou”, com a mobilização mais rápida e um poder de fogo maior, que permite surpreender os seus oponentes e garantir uma superioridade.
Nas zonas que impôs a sua autoridade, as detenções arbitrárias, torturas, execuções, castigos corporais públicos – incluindo mutilações – e outros tipos de abusos são cotidianos, segundo a comissão. O Estado Islâmico promove “amputações e aplica chicotadas nas pessoas em espaços públicos. Aos homens, amputam as mãos por supostos roubos e os dedos por fumar. Os homens também podem ser submetidos a chicotadas por estarem acompanhados de uma mulher que não consideram vestida apropriadamente”, entre outras situações que dão lugar a castigos, relata o documento.
A partir das entrevistas feitas, os comissários da ONU supõem que “sempre” há cabeças e corpos exibidos em praças e outras vias públicas, como advertência para o resto da população. A comissão da ONU na Síria - que também conta com a americana Karen Abu Zayd, a suíça Carla del Ponte e o tailandês Vitit Muntarbhorn – considera que “submeter as pessoas a mutilações, desfigurá-las permanentemente ou deixá-las incapacitadas, removendo algum membro, são casos de crime de guerra”.
No caso das minorias étnicas, o Estado Islâmico tem perseguido os yazidi e os curdos, que tradicionalmente vivem no Norte da Síria, que fugiram dos ataques promovidos pelos jihadistas. “Como consequência das ações do Estado Islâmico, que vão contra as normas internacionais humanitárias e constituem crimes de guerra por deslocamento de civis, a demografia do Noroeste da Síria foi alterada”, assinalou a comissão. O Estado Islâmico proclamou um califado em junho e controla regiões do Norte do Iraque e da Síria.
Trata-se de um relatório que poderia ser a origem para um eventual processo pela justiça internacional contra os responsáveis. O documento se baseia em mais de 300 entrevistas com mulheres, homens e crianças que viveram ou vivem nas áreas sob o controle do grupo extremista muçulmano Estado Islâmico. Presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, a comissão destacou as atrocidades praticadas pelos jihadistas e alertou que “a sua capacidade militar aumentou”, com a mobilização mais rápida e um poder de fogo maior, que permite surpreender os seus oponentes e garantir uma superioridade.
Nas zonas que impôs a sua autoridade, as detenções arbitrárias, torturas, execuções, castigos corporais públicos – incluindo mutilações – e outros tipos de abusos são cotidianos, segundo a comissão. O Estado Islâmico promove “amputações e aplica chicotadas nas pessoas em espaços públicos. Aos homens, amputam as mãos por supostos roubos e os dedos por fumar. Os homens também podem ser submetidos a chicotadas por estarem acompanhados de uma mulher que não consideram vestida apropriadamente”, entre outras situações que dão lugar a castigos, relata o documento.
A partir das entrevistas feitas, os comissários da ONU supõem que “sempre” há cabeças e corpos exibidos em praças e outras vias públicas, como advertência para o resto da população. A comissão da ONU na Síria - que também conta com a americana Karen Abu Zayd, a suíça Carla del Ponte e o tailandês Vitit Muntarbhorn – considera que “submeter as pessoas a mutilações, desfigurá-las permanentemente ou deixá-las incapacitadas, removendo algum membro, são casos de crime de guerra”.
No caso das minorias étnicas, o Estado Islâmico tem perseguido os yazidi e os curdos, que tradicionalmente vivem no Norte da Síria, que fugiram dos ataques promovidos pelos jihadistas. “Como consequência das ações do Estado Islâmico, que vão contra as normas internacionais humanitárias e constituem crimes de guerra por deslocamento de civis, a demografia do Noroeste da Síria foi alterada”, assinalou a comissão. O Estado Islâmico proclamou um califado em junho e controla regiões do Norte do Iraque e da Síria.
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