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Obama exorta Mianmar a proteger minoria étnica.
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Obama exorta Mianmar a proteger minoria étnica.
Yangon - Em seus comentários mais contundentes sobre o tema até o momento, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu a Mianmar nesta sexta-feira que ponha fim à discriminação contra a etnia rohingya, exortando o governo a conceder direitos iguais à minoria muçulmana perseguida.
A maioria dos 1,1 milhão de muçulmanos rohingya não têm cidadania e vive em condições semelhantes às do regime sul-africano do apartheid no Estado de Rakhine, no oeste do país predominantemente budista. Quase 140 mil ficaram desabrigados após confrontos com os budistas da etnia rakhine em 2012.
Obama, que está em Mianmar para a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), afirmou que um governo legítimo se baseia “no reconhecimento de que todas as pessoas são iguais perante a lei”.
“A discriminação contra um rohingya, ou qualquer outra minoria religiosa, eu acho, não expressa o tipo de país que a Birmânia quer ser no longo prazo”, afirmou Obama em uma coletiva de imprensa com a líder pró-democracia Aung San Suu Kyi na casa da ativista, na cidade de Yangon.
Suu Kyi, que conquistou o Prêmio Nobel da Paz em 1991 por seu empenho para levar a democracia a Mianmar, também conhecida como Birmânia, tem se mostrado notavelmente em silêncio sobre o sofrimento dos rohingya.
O preconceito contra o grupo minoritário é generalizado em Mianmar e muitos se referem a eles como bengalis, termo que implica que são imigrantes ilegais de Bangladesh, apesar de viveram na região há várias gerações.
Suu Kyi exortou o povo de Mianmar a “aprende a viver em harmonia”, mas não chegou a mencionar nenhum grupo específico.
O termo rohingya é depreciativo em Mianmar, e autoridades do governo criticaram o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, por tê-lo usado em uma coletiva de imprensa na capital, Naypyitaw, na quarta-feira.
“Sempre dizemos à ONU que não aceitamos que eles usem este termo todas as vezes que têm uma chance”, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Thant Kyaw, aos repórteres no dia seguinte.
Nesta sexta-feira, o jornal estatal New Light of Mianmar publicou uma carta aberta a Ban do ministro-chefe do Estado de Rakhine, Maung Maung Ohn, que expressou “profunda decepção” e disse que o uso do termo por parte da comunidade internacional “alienou a população de Rakhine”.
Phil Robertson, vice-diretor da Ásia da entidade humanitária Human Rights Watch, afirmou que tais comentários refletem “a hostilidade (do governo) em relação aos rohingya”.
A maioria dos 1,1 milhão de muçulmanos rohingya não têm cidadania e vive em condições semelhantes às do regime sul-africano do apartheid no Estado de Rakhine, no oeste do país predominantemente budista. Quase 140 mil ficaram desabrigados após confrontos com os budistas da etnia rakhine em 2012.
Obama, que está em Mianmar para a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), afirmou que um governo legítimo se baseia “no reconhecimento de que todas as pessoas são iguais perante a lei”.
“A discriminação contra um rohingya, ou qualquer outra minoria religiosa, eu acho, não expressa o tipo de país que a Birmânia quer ser no longo prazo”, afirmou Obama em uma coletiva de imprensa com a líder pró-democracia Aung San Suu Kyi na casa da ativista, na cidade de Yangon.
Suu Kyi, que conquistou o Prêmio Nobel da Paz em 1991 por seu empenho para levar a democracia a Mianmar, também conhecida como Birmânia, tem se mostrado notavelmente em silêncio sobre o sofrimento dos rohingya.
O preconceito contra o grupo minoritário é generalizado em Mianmar e muitos se referem a eles como bengalis, termo que implica que são imigrantes ilegais de Bangladesh, apesar de viveram na região há várias gerações.
Suu Kyi exortou o povo de Mianmar a “aprende a viver em harmonia”, mas não chegou a mencionar nenhum grupo específico.
O termo rohingya é depreciativo em Mianmar, e autoridades do governo criticaram o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, por tê-lo usado em uma coletiva de imprensa na capital, Naypyitaw, na quarta-feira.
“Sempre dizemos à ONU que não aceitamos que eles usem este termo todas as vezes que têm uma chance”, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Thant Kyaw, aos repórteres no dia seguinte.
Nesta sexta-feira, o jornal estatal New Light of Mianmar publicou uma carta aberta a Ban do ministro-chefe do Estado de Rakhine, Maung Maung Ohn, que expressou “profunda decepção” e disse que o uso do termo por parte da comunidade internacional “alienou a população de Rakhine”.
Phil Robertson, vice-diretor da Ásia da entidade humanitária Human Rights Watch, afirmou que tais comentários refletem “a hostilidade (do governo) em relação aos rohingya”.
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